Sexo na Gestação

Sexo na Gestação: 7 dúvidas mais comuns

Por Mari Williams

Os tabus envolvendo o sexo e a masturbação na gravidez são muitos, mas é importante lembrar que uma grávida não deixa de ser uma mulher com desejos e vitalidade. Essa fase é de muitas mudanças físicas, hormonais e psicológicas, e a libido e o sexo também vão passar por alterações. Aqui a gente te responde as 7 perguntas que mais aparecem sobre sexo na gravidez para que você viva esse período com informação, conforto e segurança. 

Gravidas podem fazer sexo?
Sim! Se a gravidez não apresenta risco, pode-se manter a prática de relações sexuais sem receios. Não há nenhum motivo fisiológico em nenhum período da gravidez que restringiria as atividades sexuais. 

Quando o sexo deve ser evitado?

Os casos de contra-indicação serão especificados pelos médicos de família, obstetras e ginecologistas, já que variam de gravidez para gravidez. As práticas sexuais devem ser muito limitadas ou mesmo proibidas em casos de:

  • Colo curto ou dilatado;
  • Placenta prévia;
  • Infecção;
  • Pré-eclâmpsia;
  • Sangramento vaginal (hemorragia vaginal);
  • Ameaça de parto pré-termo (prematuro);
  • Se houver sinais de parto (rotura de bolsa de águas);
  • Desconforto da grávida ou dores pélvicas

Mas o sexo na gravidez não machuca o bebê?

Não, se trata de um mito, já que o bebê fica bem protegido pelo líquido amniótico e envolvido pela placenta, dentro do útero, e o pênis não adentra de maneira alguma o útero. Assim, o bebê não vai ser “cutucado”, pelo contrário, o feto pode até sentir sensação de bem estar pelos hormônios benéficos liberados pela mãe

A mulher não tem desejo sexual durante a gravidez? 

Outro MITO. O desejo sexual de cada mulher pode variar ao longo da gravidez (como ao longo de toda a vida) e o que mais se observa por estudos é que no primeiro trimestre o desejo pode diminuir por náuseas, sono, estresses e dor nos seios.

No segundo trimestre o desejo sexual volta a se estabilizar, ou até se elevar muito, já que com a vasoconstrição da pelve, a resposta orgástica é mais intensa e o prazer da mulher tende a aumentar. Algumas mulheres relatam sentir orgasmos muito intensos nesse período. No terceiro trimestre, a tendência é outra queda do desejo por ansiedade com a nova fase, cansaço no corpo e tamanho da barriga que dificulta muitas posições.

Carmita Abdo, membra da Comissão de Sexologia da Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (Febrasgo) e Coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade (ProSex) da Faculdade de Medicina da USP, coloca que:

“O casal deve optar por posições e práticas que sejam agradáveis para ambos. A orientação é fazer sexo dentro de um padrão mais tradicional, na posição clássica (homem por cima da mulher), enquanto o volume abdominal permitir. O obstetra pode sugerir as posições laterais, a mulher por cima do homem e jogos eróticos ou alternativas sexuais, como fazer sexo sem penetração, sexo oral, masturbação mútua ou outras práticas nas quais a mulher se sinta mais confortável e protegida” 

Sexo na gravidez pode causar aborto? 

Não, como colocado acima só é contra-indicado em caso de gravidez de risco, sangramentos ou contrações antes do tempo adequado. 

Durante a gestação, pode-se transar sem preservativo?

Caso você siga tendo relações com seu parceiro/parceira fixo, e haja acompanhamento de exames de IST, o sexo pode ser feito sem preservativo. Mas é preciso ter cautela, as infecções sexualmente transmissíveis podem afetar a saúde da mãe e do bebê, e é recomendado o uso do preservativo se houver alguma suspeita de infecção, ou no caso de relações com pessoas diferentes. É importante ficar atenta também para evitar o sexo oral caso exista algum sinal herpes oral ou labial 

É possível engravidar já estando grávida?

Sim, mas não se desespere, esse fenômeno é raríssimo. A segunda gravidez pode acontecer entre 1 e 4 semanas depois da primeira, mas de qualquer forma os bebês devem nascer ao mesmo tempo, assim como gêmeos. Sérgio Podgaec, médico ginecologista e obstetra do Hospital Israelita Albert Einstein (SP) coloca que. “Sequer existe um número para superfetação, porque se trata mais de uma possibilidade do que uma realidade. Nunca vi um caso desses em consultório e nunca ouvi falar de colegas, mas ainda é uma possibilidade”. Quatro semanas após a fertilização, o corpo se adapta, não apenas para gerar uma nova vida, mas também para não gerar várias vidas em uma única gravides.

Fica posto então que o sexo pode ser praticado sem contraindicações de acordo com o desejo de cada mulher. A conexão entre o casal não depende da quantidade de vezes que o sexo é praticado, mas sim, de diálogo, troca e respeito, quando os casais mantêm a conexão sexual durante a gravidez, fica mais tranquilo passar também pela fase do puerpério, na qual sim, recomenda-se o resguardo de 40 dias sem relações de penetração.

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