O dia que levei meu vibrador para a cama com o meu marido

Se alguém tivesse me dito há alguns anos que eu iria sugerir ao meu marido usar um vibrador durante o sexo, eu provavelmente teria dado risada. Não porque eu fosse contra, mas porque eu sabia que ele, como muitos homens, tinha aquela resistência clássica com brinquedos eróticos. Para ele, aquilo parecia uma ameaça. Como se o vibrador fosse substituir algo, diminuir sua virilidade ou significar que ele não era “bom o suficiente”.

Mas depois de 15 anos de casamento, comecei a perceber que precisávamos quebrar essa barreira. A rotina tinha se instalado, como acontece com muitos casais, e eu sentia que precisávamos de algo novo. Algo que nos fizesse reconectar, e, mais importante, que trouxesse uma nova camada de prazer para ambos. Então, depois de muitas conversas com amigas, decidi que era hora de tentar.

A primeira vez que mencionei a ideia, ele riu desconfortável e soltou um “ah, pra quê isso?”. Eu expliquei que não era sobre substituição, mas sobre experimentação. Sobre explorar novas formas de sentir prazer juntos. Foi um papo honesto e sem pressão. Ele ainda estava um pouco desconfiado, mas aceitou experimentar. E assim, numa noite em que estávamos mais conectados, decidi trazer o vibrador para a cama.

Confesso que eu estava nervosa. Não sabia como ele iria reagir, nem como seria a dinâmica. Mas me surpreendi. No começo, ele ficou um pouco tímido, olhando com curiosidade e certo receio, mas assim que o toquei e deixei que ele visse como aquilo funcionava, a tensão diminuiu. Fiz questão de incluir o vibrador nos nossos momentos sem tirar ele da equação. Era uma adição, não um substituto.

E o que aconteceu a seguir foi mágico. De repente, estávamos mais conectados do que há muito tempo. Ele percebeu que o brinquedo não era algo que diminuía seu papel, mas que potencializava a experiência para nós dois. O vibrador estimulava minhas zonas de prazer de uma forma diferente, e ele, vendo meu corpo reagir, também ficou mais excitado. Era como se, finalmente, estivéssemos explorando juntos, sem medo de julgamentos ou de que aquilo fosse “errado”.

O mais interessante foi que ele começou a se soltar, a brincar também, e a entender que o vibrador não era um concorrente, mas um aliado. Ao invés de se sentir ameaçado, ele percebeu que estava participando ativamente de algo novo, algo que aumentava o prazer para ambos. Aquele momento não só quebrou um tabu na nossa relação, como abriu espaço para que pudéssemos falar mais abertamente sobre nossas fantasias e desejos.

Acho que o que mais mudou foi nossa intimidade. Não só física, mas emocional. A partir desse dia, as conversas sobre sexo ficaram mais leves, e ele se sentiu mais à vontade para expressar seus próprios desejos, coisa que raramente acontecia antes. E essa confiança que construímos fez com que o sexo fosse muito mais sobre conexão e menos sobre expectativas ou desempenho.

Levar o vibrador para a cama com meu marido foi, sem dúvidas, um divisor de águas na nossa relação. Quebrou barreiras, tirou o peso dos ombros dele e, principalmente, nos deu a chance de experimentar o prazer de uma maneira mais completa. Para ele, foi libertador ver que o prazer feminino pode e deve ser explorado de várias formas, e para mim, foi a confirmação de que, juntos, podemos construir algo ainda mais intenso e genuíno.

Se eu pudesse dar um conselho para outras mulheres que estão na mesma situação, seria: não tenham medo de propor novas experiências, e lembrem-se que a resistência inicial é normal. Mas com paciência, diálogo e, principalmente, mostrando que essas novas possibilidades podem ser algo para compartilhar, a relação só tem a ganhar.

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